sábado, 21 de novembro de 2009

O CASAMENTO DA BRUXA ONILDA

Proposta para trabalhar o Hallowen
Aproveitando os estudos sobre Hallowen, bruxas e outros textos este foi escolhido para ser interpretado por alunos do 2o ano do 1o ciclo da E. M. Monteiro Lobato, João Monlevade. Quando o lobisomen entrou utilizei o início da música Triller de Michael Jackson e na hora do casamento tocou mais um pouquinho, para encerrar as crianças dançaram ao som da música Bruxinha Bonitinha do Balão Mágico.
Foi um sucesso!

O CASAMENTO DA BRUXA ONILDA


Quando jovem, eu era uma mulher lindíssima. Andava sempre muito elegante e, por isso, tinha muitos pretendentes.
Um dia, varrendo a casa pra cá e pra lá, achei uma moeda de ouro.
Primeiro, pensei em vendê-la e depositar o dinheiro na Caderneta de Poupança, mas logo desisti. Achei melhor comprar alguma coisa que me deixasse ficar mais bonita. Eu era tão convencida!
E foi o que fiz. Comprei um grande laço azul da cor do céu e o amarrei na ponta do chapéu.
Resolvi fazer uma faxina geral na casa para deixá-la brilhando como eu. Comecei pelos vidros da porta da frente para que todos pudessem ver como eu estava bonita. Estava quase terminando, quando apareceu um esqueleto – vocês sabem que nós, as bruxas, temos umas amizades meio esquisitas... só de me ver, ficou apaixonado e fez uma declaração de amor. Disse que era bom partido, que comia pouco e que estava louco por meus ossos. Só impôs uma condição: que não tivéssemos cachorro em casa, pois de cachorro ele morria de medo!
Nem dei bola pra ele! Sei lá!... Era magro demais e, além disso, não gosto de carecas.
Mais tarde, quando passava o aspirador de pó nos tapetes, apareceu um fantasma, que também estava apaixonado por mim e se declarou dizendo: UUUUHH! Mas o coitado não teve sorte: o aspirador engoliu o lençol dele. E ele, tímido como era, ficou vermelho de vergonha e desapareceu dizendo: UUUHH!
Estava no jardim varrendo as folhas secas, quando, por detrás das árvores iluminadas pelo luar, apareceu um lobisomem. Ele também queria casar comigo, mas eu disse não. Sabem por quê? Lobisomem só aparece em noites de lua cheia e, desse jeito, a gente só iria se ver uma vez por mês.
Finalmente, quando estava estendendo a roupa lavada no varal, ouvi alguém assobiar para mim, cheio de admiração. Era um jovem muuuiiito interessante, que vinha com uma flor na mão. Disse que se chamava Bruxo Pedrusco Pardusco e que, só de me ver, tinha ficado perdidamente apaixonado e queria casar o quanto antes. Aí, não resisti e disse sim.

E. Larreula e R. Capdevila. O casamento da Bruxa Onilda. Editora Scipione, São Paulo